Conclusão Geral
A presente pesquisa teve início a partir de duas experiências concretas vividas pela autora: sua participação na comissão do Hinário para o Culto Cristão e a dificuldade de seu filho de achar músicas sacras contemporâneas neste hinário. Ao participar das reuniões realizadas em nível nacional para a organização do HCC, a autora começou a ter mais intimidade com os assuntos pertinentes à hinologia e a se preocupar com algumas questões novas para ela mesma. Entre essas, muitas tinham a ver com a metodologia do próprio trabalho relacionado ao hinário: coletar cantos, buscar fontes, fazer pesquisas junto a pessoas, formar comitês. Outras indagações tinham ligação com os procedimentos referentes à seleção dos cantos para hinários. Essa a principal indagação da autora: que critérios devem ser adotados quando se quer selecionar hinos para hinários e cultos?
A esse questionamento acrescentou-se o problema de seu filho, que, transformado em pergunta, seria: como selecionar cantos relevantes para a geração atual? Partindo dessas duas indagações, a autora optou por buscar uma resposta na história da música sacra cristã. Percebeu logo que um elemento constante nesta história, e que está estreitamente relacionado com a questão da seleção de cantos para o culto, é a tensão entre tradição e contemporaneidade. As pessoas responsáveis pela música nos cultos cristãos sempre se houveram com essa tensão e a resolveram de uma forma ou de outra. Foi a partir de tal observação que a autora decidiu pesquisar a tensão entre tradição e contemporaneidade, ao longo da história da música sacra ocidental, com o intuito de extrair critérios comprovados para a seleção de cantos para o culto cristão dos dias atuais.
No sexto capítulo concentra-se a "essência" do resultado da pesquisa ou, se caso se pudesse falar em termos "musicais", o "ápice" da obra, onde se queria chegar. Uma vez levantados os fatos históricos, a autora pôs-se a analisá-los, querendo extrair deles os critérios de seleção de cantos para o culto cristão, que são os seguintes: a) a seleção dos cantos deve orientar-se pelo povo; b) a comunidade deve possuir uma teologia do culto; c) a comunidade deve respeitar suas raízes históricas, buscando sua identidade; d) a seleção de cantos deve visar o ensino e a solidificação das doutrinas; e) a seleção de cantos deve adequar-se à liturgia; f) a seleção deve priorizar cantos que falem à alma; e g) a seleção de cantos deve visar a estética do culto. Em virtude de esse capítulo ter sido uma grande conclusão da leitura da história, com considerações teológico-musicais e outras pessoais da autora, esta conclusão não será extensa. O objetivo aqui é traduzir aquilo que foi exposto nesse último capítulo em orientações úteis àqueles que hoje lidam com seleção de cantos em comunidades cristãs, mormente as brasileiras.
O primeiro critério de seleção, que busca adequação ao povo e contextualiza a sua linguagem, deve ser também o principal, sem o qual os demais não podem existir. Como pistas para os que desejam melhor compreender este critério, seguem-se algumas perguntas que podem ser feitas, diante da escolha de cantos: esse canto tem uma estrutura que o torna compreensível, em termos de música, é facilmente memorizável pelo povo?; que recursos melódico-harmônicos estão sendo usados para que ele tenha estas características?; suas frases musicais são lógicas e coerentes entre si, dando-lhe uma estrutura equilibrada?; as extensões da voz são razoáveis em relação à tessitura das vozes médias da congregação, sem intervalos grandes e difíceis?; ao ser apresentado, o tom escolhido é alcançável pela maioria?; a linguagem do texto é acessível ao povo, sem se tornar vulgar, e existiu preocupação com a prosódia?; existe poesia?; a apresentação gráfica do mesmo, quer na partitura musical, quer no retroprojetor, quer em programas impressos, está clara e legível, e a letra não contém erros ortográficos ou gramaticais? Estas são algumas perguntas que, se respondidas afirmativamente, ajudam na averiguação do critério de que "o canto deve adequar-se ao povo".
O segundo critério: "a comunidade deve possuir uma teologia do culto" ajuda na seleção dos cantos, principalmente se prioriza três tendências básicas: a teologia querigmática, a koinoníaca e a litúrgica. Quando expressa a teologia querigmática, o texto do canto dá prioridade à comunicação da mensagem do evangelho. A comunicação efetiva desta mensagem deve ser a questão primordial do texto "querigmático". Servem bem como exemplos os textos retirados diretamente da Bíblia e aqueles com instruções doutrinárias. Quando a comunidade elege uma teologia que enfatiza a comunhão entre os irmãos, então os cantos que favorecem esse tema podem ser inseridos. Esses cantos, contudo, não são apropriados em situações em que o grupo mal se conhece ou está reunido pela primeira vez. Não é possível cantar aquilo que não se vive. É por essa razão que, antes de falar em cantos da teologia koinoníaca, falou-se da necessidade de a comunidade aceitar, como "norma" de vida eclesiástica, a teologia da comunhão. A teologia litúrgica destaca a adoração a Deus e a música serve bem a esse propósito. Alguns Salmos ajustam-se perfeitamente aqui, bem como todos os cantos doxológicos. A riqueza da escolha poderia se basear no bom equilíbrio entre as três teologias do culto.
Para lidar com o critério de que "a comunidade deve respeitar suas raízes históricas, buscando sua identidade", vale lembrar que tradição litúrgica e tradição hinódica estão estreitamente ligadas. Existem hinos antigos que, por seu valor histórico, já foram incorporados ao "repertório" sacro, constituindo-se bandeiras de movimentos. Muitas denominações tornaram-se conhecidas pelo tipo dos cantos que adotaram. O canto confere identidade ao grupo, e os que ignoram isso e abandonam a tradição hinódica perdem suas marcas distintivas. A Igreja Católica Romana compreendeu isso e há muito tem retido o canto gregoriano, que é um legado que remonta à Idade Média, mas que ainda hoje lhe dá uma identidade singular. Da mesma maneira agiram os que se preocuparam em retomar a história de sua igreja e empreenderam largos esforços para resgatar tradições litúrgicas e hinódicas no tempo. Se existem os cantos peculiares a cada segmento cristão, existem também cantos "universais", que podem se entoados pela cristandade em geral. Os centros ecumênicos têm fomentado esse tipo de hinódia e têm sido felizes na manutenção da tradição cristã. Para os que estão incumbidos da tarefa de escolha de cantos, aconselhar-se-ia o estudo daquilo que pertence ao acervo de sua denominação, procurando destilar o que é mais representativo, que foi aprovado pelo tempo e que muitas gerações vêm cantando seguidamente. Estes cantos devem ser mantidos, porque ajudam a preservar a identidade do grupo. Por outro lado, convém pesquisar os textos utilizados em encontros ecumênicos e que podem ser cantados por todos, pois, por suas qualidades universais, unem os cristãos.
O poder persuasivo que a música tem é usado no comércio como uma arma eficiente para seus fins. Quem nunca se flagrou cantando algo que a televisão está a todo momento colocando no ar? A igreja não pode dispensar esse recurso ou ignorar seus efeitos; por isso, quanto à escolha de cantos para o culto cristão, sugere-se o critério de que "a seleção de cantos deve visar o ensino e a solidificação das doutrinas". Não foi sem fundamentação que muitos temeram mais os hinos de Lutero do que seus arrazoados teológicos: eles serviram para a solidificação das doutrinas evangélicas recém implantadas. Ensinaram às crianças a catequese mais elementar, fortaleceram os jovens na doutrina cristã e deram segurança de sua fé aos mais adultos. Na era do racionalismo, a igreja cristã temeu os hinários que estavam "camuflando" conceitos essenciais sobre o evangelho, em razão de conhecer o valor do canto para o ensino. Foram considerados "hinário incrédulos" aqueles que não apresentavam claramente os pontos doutrinários cristãos mais relevantes, e muitos se levantaram contra eles. As palavras musicadas fluem com mais facilidade e por isso mesmo os conceitos veiculados musicalmente são melhor captados. Enganam-se os que julgam que a palavra falada é a que fica gravada mais tempo na memória. Ao contrário, em face das mudanças drásticas e extremamente rápidas vivenciadas pelo mundo de hoje, mais a igreja precisa adequar-se a ele, modernizando os seus meios de comunicação. A música tem esse poder de transformar palavras e mensagens, "aplainando" a aridez de algumas, reforçando a beleza de outras e transmitindo conteúdos que serão mais facilmente retidos.
Nas igrejas de tradição litúrgica, como na Católica, Luterana e Anglicana, em que a ordem do culto é fixa, os cantos podem ajustar-se à liturgia mais facilmente. Conhecer bem as práticas litúrgicas de sua igreja é o primeiro passo para quem se dispõe a escolher os cantos. Seria aconselhável conhecer a história do grupo e seus antecedentes para melhor aplicar o critério de que "a seleção de cantos deve adequar-se à liturgia". Mais que isso, a pessoa deveria especializar-se em liturgia. A autora reconhece a dificuldade que igrejas de tradição não-litúrgica têm para a aplicação deste critério, mas sugere que a escolha tenha alguma coerência com o tipo de culto da comunidade. Muitas igrejas protestantes livres seguem o modelo das igrejas de missão, que se baseiam em Isaías 6 para determinar as partes do culto. Seguindo essa ordem, o culto teria as seguintes partes: adoração, confissão, perdão, mensagem e consagração. Essas seções amparam as escolhas do canto. O culto de tradição "homilética", embora aqui as escolhas de cantos tendam a ser repetitivas, também dá orientação aos que atuam nessa área. O trabalho consistiria em saber, com a máxima antecedência possível, o tema do sermão, com base no qual seria feita a seleção de músicas para o culto. Aos que têm uma ordem completamente livre, restaria o conselho paulino de fazer-se tudo "com decência e ordem".
Para a aplicação do sexto critério de que "a seleção deve priorizar cantos que falem à alma" é necessário distinguir cantos com emoção de cantos sentimentais. As palavras na língua grega para designar alma (psyche, nous e archepous) contêm conotações que se autocomplementam e podem ajudar na compreensão do sentido da palavra emoção em português. Quando se fala a respeito de cantos com emoção, tem-se em mente sobretudo aqueles que "abalam" a alma, mexem dentro do coração, dissipando maus sentimentos e modificando, para o bem, o interior da pessoa. Podem ser considerados como tais os cantos que dão vida ao culto (não são necessariamente os mais animados ou os cantados mais rapidamente), os que trazem vigor, alento, que motivam transformações pessoais, levando o cristão a buscar um melhor relacionamento com Deus e a uma vida cristã mais exemplar. Outrossim, com vistas ao caráter educativo, caberia aos líderes escolherem, entre os cantos disponíveis, apenas aqueles que dão vida ao culto e cujas qualidades poéticas são inquestionáveis. O texto selecionado deve ser impecavelmente elaborado, sentindo-se que houve preocupação literária na sua confecção. Textos mal formulados revelam uma liderança desatenta. Ao aplicar este critério, a pessoa não pode confundir cantos com emoção com os cantos sentimentais, piegas, forjados, muitas vezes artificialmente, para provocar reações do tipo sentimentalista. Estes cantos, quando muito, poderão provocar reações imediatistas de choro, mas não acarretarão as transformações interiores que, quando verdadeiramente sentidas e acatadas, se traduzem em atos legítimos em favor do próximo e em contrição para com Deus.
Os que estão envolvidos com a seleção de cantos para o culto cristão deveriam ser os que mais almejam aprofundar seu conhecimento acerca de música e das artes em geral. Só assim estarão aptos para aplicar o critério de que "a seleção de cantos deve visar a estética do culto". A boa estética do culto é conseguida através da conjugação de vários elementos. O espaço litúrgico, os utensílios e o canto, se esteticamente casados, produzem bem-estar. Foi o documento Snowbird, formulado por católicos de fala inglesa, que estimulou as congregações a permitirem o belo na liturgia. Segundo esse documento, a beleza é o sinal de Deus no mundo. A autora julga que só através do conhecimento da música e de disciplinas afins é que a pessoa terá condições de avaliar um canto quanto ao seu valor estético. Caso contrário, o que predominará são palpites pessoais sem fundamentação alguma.
Um grande anelo particular da autora seria ver a produção musical sacra brasileira disseminada em todos os segmentos denominacionais cristãos do país. Através da divulgação dos conceitos adquiridos durante a realização desta pesquisa, a autora poderia cooperar no sentido de conscientizar os líderes para a importância de se ter critérios de seleção para o canto do culto cristão, seja em congressos ou em cursos específicos sobre música sacra. Talvez pudesse levar os diversos institutos de música sacra espalhados pelo Brasil a rever parte de suas disciplinas, para possibilitar aos alunos um melhor treinamento quanto à escolha dos cantos para o culto. O papel dos líderes é relevante para o crescimento da qualidade dos cantos nas igrejas. Foi visto, no decorrer da pesquisa, o quanto a influência da liderança pode ser negativa ou positiva na escolha dos cantos para o culto cristão. Esse aspecto despontou logo na pesquisa social empreendida pela autora. Ficou ali evidenciado o poder de influência de um líder. Ao estudar, no capítulo 3, a Reforma, o problema veio mais fortemente à tona, sobretudo se se comparam as atuações de Lutero, Calvino e Zwínglio nessa área. Para se chegar a mudanças significativas no panorama brasileiro, a autora acredita que a conscientização teria de começar pela liderança que está sendo treinada nos diversos cursos de música sacra no país, em geral voltados para jovens que se sentem chamados a exercer o ministério de música nas igrejas.
Estudar a música brasileira, suas principais características, e orientar novos compositores seria outra tarefa a ser considerada para o futuro. A produção nacional tem ocorrido de maneira "aleatória", através, principalmente, de empenhos pessoais muitas vezes destituídos de qualquer fundamentação. Se hoje grande parte daquilo que se ouve nas rádios e em outros canais de comunicação é tradução com baixa qualidade artístico-musical, isso deve-se ao despreparo e à falta de pessoas qualificadas que ajudem os compositores brasileiros na realização de uma obra esteticamente aceitável e autenticamente brasileira. É preciso ter "atalaias", que não só denunciem estrangeirismos inaptos, mas que sobretudo sejam construtores de um novo fazer musical, com valorização das expressões genuinamente representativas dos anseios populares e que venham preencher as grandes lacunas existentes.
Há uma vasta lacuna a ser preenchida em termos de obras brasileiras com temas vitais para o evangelho, principalmente nas igrejas protestantes. Temas da Teologia da Libertação, poucos, é verdade, já têm sido explorados. A autora sente falta de músicas genuinamente brasileiras que falem da cruz e do sofrimento de Jesus, de sua ressurreição, da graça de Deus, do perdão de pecados que Deus concede, da comunhão entre os crentes, da solidariedade e do compartilhar. Não se encontram hinos sobre a vida diária, que convidem o crente a viver um evangelho exemplar, distribuindo o "Pão da vida", que alimenta a alma, e o pão, produto do trigo, para o corpo. Onde estão os hinos para os sacramentos, como para o Batismo e a Eucaristia? E onde os para funerais e casamentos? São raros, tanto que, para casamentos, o que se usam são as músicas eruditas compostas por J. S. Bach, F. Haendel, F. Mendelssohn e R. Wagner, entre outros. Embora sejam belas e "cativantes", a mensagem que passam é apenas emotiva, pois estão destituídas de um texto apropriado. E para o Batismo, seja o de crianças, seja o de adultos, o que se canta em solo brasileiro? Esses cantos são até numericamente inexpressivos, se consideradas as vezes que deles se precisa durante o ano eclesiástico. Para a Ceia do Senhor os cantos rareiam ainda mais. Urge revisar o acervo de cantos autenticamente brasileiros, sobretudo os que preencham as lacunas temáticas apontadas.
Alastraram-se sobremaneira os cantos doxológicos nas igrejas protestantes não-litúrgicas, em geral traduzidos da língua inglesa. Embora sejam muito importantes para o louvor no culto cristão, o fato de prestigiá-los em detrimento de outros cantos tem enfraquecido essas igrejas teológica e doutrinariamente.
A autora está convicta de que os sete critérios listados no sexto capítulo podem oferecer uma boa base metodológica de seleção de cantos para aqueles que trabalham com música sacra. Se usados para definir o acervo de um hinário, estarão ajudando a respectiva comissão a achar os cantos com maior facilidade e fundamentação adequada. Se usados diretamente por aqueles que estão à procura de cantos para o culto, servirão da mesma forma como aferidores justos e precisos, evitando esforços equivocados e poupando tempo.
A presente pesquisa teve início a partir de duas experiências concretas vividas pela autora: sua participação na comissão do Hinário para o Culto Cristão e a dificuldade de seu filho de achar músicas sacras contemporâneas neste hinário. Ao participar das reuniões realizadas em nível nacional para a organização do HCC, a autora começou a ter mais intimidade com os assuntos pertinentes à hinologia e a se preocupar com algumas questões novas para ela mesma. Entre essas, muitas tinham a ver com a metodologia do próprio trabalho relacionado ao hinário: coletar cantos, buscar fontes, fazer pesquisas junto a pessoas, formar comitês. Outras indagações tinham ligação com os procedimentos referentes à seleção dos cantos para hinários. Essa a principal indagação da autora: que critérios devem ser adotados quando se quer selecionar hinos para hinários e cultos?
A esse questionamento acrescentou-se o problema de seu filho, que, transformado em pergunta, seria: como selecionar cantos relevantes para a geração atual? Partindo dessas duas indagações, a autora optou por buscar uma resposta na história da música sacra cristã. Percebeu logo que um elemento constante nesta história, e que está estreitamente relacionado com a questão da seleção de cantos para o culto, é a tensão entre tradição e contemporaneidade. As pessoas responsáveis pela música nos cultos cristãos sempre se houveram com essa tensão e a resolveram de uma forma ou de outra. Foi a partir de tal observação que a autora decidiu pesquisar a tensão entre tradição e contemporaneidade, ao longo da história da música sacra ocidental, com o intuito de extrair critérios comprovados para a seleção de cantos para o culto cristão dos dias atuais.
No sexto capítulo concentra-se a "essência" do resultado da pesquisa ou, se caso se pudesse falar em termos "musicais", o "ápice" da obra, onde se queria chegar. Uma vez levantados os fatos históricos, a autora pôs-se a analisá-los, querendo extrair deles os critérios de seleção de cantos para o culto cristão, que são os seguintes: a) a seleção dos cantos deve orientar-se pelo povo; b) a comunidade deve possuir uma teologia do culto; c) a comunidade deve respeitar suas raízes históricas, buscando sua identidade; d) a seleção de cantos deve visar o ensino e a solidificação das doutrinas; e) a seleção de cantos deve adequar-se à liturgia; f) a seleção deve priorizar cantos que falem à alma; e g) a seleção de cantos deve visar a estética do culto. Em virtude de esse capítulo ter sido uma grande conclusão da leitura da história, com considerações teológico-musicais e outras pessoais da autora, esta conclusão não será extensa. O objetivo aqui é traduzir aquilo que foi exposto nesse último capítulo em orientações úteis àqueles que hoje lidam com seleção de cantos em comunidades cristãs, mormente as brasileiras.
O primeiro critério de seleção, que busca adequação ao povo e contextualiza a sua linguagem, deve ser também o principal, sem o qual os demais não podem existir. Como pistas para os que desejam melhor compreender este critério, seguem-se algumas perguntas que podem ser feitas, diante da escolha de cantos: esse canto tem uma estrutura que o torna compreensível, em termos de música, é facilmente memorizável pelo povo?; que recursos melódico-harmônicos estão sendo usados para que ele tenha estas características?; suas frases musicais são lógicas e coerentes entre si, dando-lhe uma estrutura equilibrada?; as extensões da voz são razoáveis em relação à tessitura das vozes médias da congregação, sem intervalos grandes e difíceis?; ao ser apresentado, o tom escolhido é alcançável pela maioria?; a linguagem do texto é acessível ao povo, sem se tornar vulgar, e existiu preocupação com a prosódia?; existe poesia?; a apresentação gráfica do mesmo, quer na partitura musical, quer no retroprojetor, quer em programas impressos, está clara e legível, e a letra não contém erros ortográficos ou gramaticais? Estas são algumas perguntas que, se respondidas afirmativamente, ajudam na averiguação do critério de que "o canto deve adequar-se ao povo".
O segundo critério: "a comunidade deve possuir uma teologia do culto" ajuda na seleção dos cantos, principalmente se prioriza três tendências básicas: a teologia querigmática, a koinoníaca e a litúrgica. Quando expressa a teologia querigmática, o texto do canto dá prioridade à comunicação da mensagem do evangelho. A comunicação efetiva desta mensagem deve ser a questão primordial do texto "querigmático". Servem bem como exemplos os textos retirados diretamente da Bíblia e aqueles com instruções doutrinárias. Quando a comunidade elege uma teologia que enfatiza a comunhão entre os irmãos, então os cantos que favorecem esse tema podem ser inseridos. Esses cantos, contudo, não são apropriados em situações em que o grupo mal se conhece ou está reunido pela primeira vez. Não é possível cantar aquilo que não se vive. É por essa razão que, antes de falar em cantos da teologia koinoníaca, falou-se da necessidade de a comunidade aceitar, como "norma" de vida eclesiástica, a teologia da comunhão. A teologia litúrgica destaca a adoração a Deus e a música serve bem a esse propósito. Alguns Salmos ajustam-se perfeitamente aqui, bem como todos os cantos doxológicos. A riqueza da escolha poderia se basear no bom equilíbrio entre as três teologias do culto.
Para lidar com o critério de que "a comunidade deve respeitar suas raízes históricas, buscando sua identidade", vale lembrar que tradição litúrgica e tradição hinódica estão estreitamente ligadas. Existem hinos antigos que, por seu valor histórico, já foram incorporados ao "repertório" sacro, constituindo-se bandeiras de movimentos. Muitas denominações tornaram-se conhecidas pelo tipo dos cantos que adotaram. O canto confere identidade ao grupo, e os que ignoram isso e abandonam a tradição hinódica perdem suas marcas distintivas. A Igreja Católica Romana compreendeu isso e há muito tem retido o canto gregoriano, que é um legado que remonta à Idade Média, mas que ainda hoje lhe dá uma identidade singular. Da mesma maneira agiram os que se preocuparam em retomar a história de sua igreja e empreenderam largos esforços para resgatar tradições litúrgicas e hinódicas no tempo. Se existem os cantos peculiares a cada segmento cristão, existem também cantos "universais", que podem se entoados pela cristandade em geral. Os centros ecumênicos têm fomentado esse tipo de hinódia e têm sido felizes na manutenção da tradição cristã. Para os que estão incumbidos da tarefa de escolha de cantos, aconselhar-se-ia o estudo daquilo que pertence ao acervo de sua denominação, procurando destilar o que é mais representativo, que foi aprovado pelo tempo e que muitas gerações vêm cantando seguidamente. Estes cantos devem ser mantidos, porque ajudam a preservar a identidade do grupo. Por outro lado, convém pesquisar os textos utilizados em encontros ecumênicos e que podem ser cantados por todos, pois, por suas qualidades universais, unem os cristãos.
O poder persuasivo que a música tem é usado no comércio como uma arma eficiente para seus fins. Quem nunca se flagrou cantando algo que a televisão está a todo momento colocando no ar? A igreja não pode dispensar esse recurso ou ignorar seus efeitos; por isso, quanto à escolha de cantos para o culto cristão, sugere-se o critério de que "a seleção de cantos deve visar o ensino e a solidificação das doutrinas". Não foi sem fundamentação que muitos temeram mais os hinos de Lutero do que seus arrazoados teológicos: eles serviram para a solidificação das doutrinas evangélicas recém implantadas. Ensinaram às crianças a catequese mais elementar, fortaleceram os jovens na doutrina cristã e deram segurança de sua fé aos mais adultos. Na era do racionalismo, a igreja cristã temeu os hinários que estavam "camuflando" conceitos essenciais sobre o evangelho, em razão de conhecer o valor do canto para o ensino. Foram considerados "hinário incrédulos" aqueles que não apresentavam claramente os pontos doutrinários cristãos mais relevantes, e muitos se levantaram contra eles. As palavras musicadas fluem com mais facilidade e por isso mesmo os conceitos veiculados musicalmente são melhor captados. Enganam-se os que julgam que a palavra falada é a que fica gravada mais tempo na memória. Ao contrário, em face das mudanças drásticas e extremamente rápidas vivenciadas pelo mundo de hoje, mais a igreja precisa adequar-se a ele, modernizando os seus meios de comunicação. A música tem esse poder de transformar palavras e mensagens, "aplainando" a aridez de algumas, reforçando a beleza de outras e transmitindo conteúdos que serão mais facilmente retidos.
Nas igrejas de tradição litúrgica, como na Católica, Luterana e Anglicana, em que a ordem do culto é fixa, os cantos podem ajustar-se à liturgia mais facilmente. Conhecer bem as práticas litúrgicas de sua igreja é o primeiro passo para quem se dispõe a escolher os cantos. Seria aconselhável conhecer a história do grupo e seus antecedentes para melhor aplicar o critério de que "a seleção de cantos deve adequar-se à liturgia". Mais que isso, a pessoa deveria especializar-se em liturgia. A autora reconhece a dificuldade que igrejas de tradição não-litúrgica têm para a aplicação deste critério, mas sugere que a escolha tenha alguma coerência com o tipo de culto da comunidade. Muitas igrejas protestantes livres seguem o modelo das igrejas de missão, que se baseiam em Isaías 6 para determinar as partes do culto. Seguindo essa ordem, o culto teria as seguintes partes: adoração, confissão, perdão, mensagem e consagração. Essas seções amparam as escolhas do canto. O culto de tradição "homilética", embora aqui as escolhas de cantos tendam a ser repetitivas, também dá orientação aos que atuam nessa área. O trabalho consistiria em saber, com a máxima antecedência possível, o tema do sermão, com base no qual seria feita a seleção de músicas para o culto. Aos que têm uma ordem completamente livre, restaria o conselho paulino de fazer-se tudo "com decência e ordem".
Para a aplicação do sexto critério de que "a seleção deve priorizar cantos que falem à alma" é necessário distinguir cantos com emoção de cantos sentimentais. As palavras na língua grega para designar alma (psyche, nous e archepous) contêm conotações que se autocomplementam e podem ajudar na compreensão do sentido da palavra emoção em português. Quando se fala a respeito de cantos com emoção, tem-se em mente sobretudo aqueles que "abalam" a alma, mexem dentro do coração, dissipando maus sentimentos e modificando, para o bem, o interior da pessoa. Podem ser considerados como tais os cantos que dão vida ao culto (não são necessariamente os mais animados ou os cantados mais rapidamente), os que trazem vigor, alento, que motivam transformações pessoais, levando o cristão a buscar um melhor relacionamento com Deus e a uma vida cristã mais exemplar. Outrossim, com vistas ao caráter educativo, caberia aos líderes escolherem, entre os cantos disponíveis, apenas aqueles que dão vida ao culto e cujas qualidades poéticas são inquestionáveis. O texto selecionado deve ser impecavelmente elaborado, sentindo-se que houve preocupação literária na sua confecção. Textos mal formulados revelam uma liderança desatenta. Ao aplicar este critério, a pessoa não pode confundir cantos com emoção com os cantos sentimentais, piegas, forjados, muitas vezes artificialmente, para provocar reações do tipo sentimentalista. Estes cantos, quando muito, poderão provocar reações imediatistas de choro, mas não acarretarão as transformações interiores que, quando verdadeiramente sentidas e acatadas, se traduzem em atos legítimos em favor do próximo e em contrição para com Deus.
Os que estão envolvidos com a seleção de cantos para o culto cristão deveriam ser os que mais almejam aprofundar seu conhecimento acerca de música e das artes em geral. Só assim estarão aptos para aplicar o critério de que "a seleção de cantos deve visar a estética do culto". A boa estética do culto é conseguida através da conjugação de vários elementos. O espaço litúrgico, os utensílios e o canto, se esteticamente casados, produzem bem-estar. Foi o documento Snowbird, formulado por católicos de fala inglesa, que estimulou as congregações a permitirem o belo na liturgia. Segundo esse documento, a beleza é o sinal de Deus no mundo. A autora julga que só através do conhecimento da música e de disciplinas afins é que a pessoa terá condições de avaliar um canto quanto ao seu valor estético. Caso contrário, o que predominará são palpites pessoais sem fundamentação alguma.
Um grande anelo particular da autora seria ver a produção musical sacra brasileira disseminada em todos os segmentos denominacionais cristãos do país. Através da divulgação dos conceitos adquiridos durante a realização desta pesquisa, a autora poderia cooperar no sentido de conscientizar os líderes para a importância de se ter critérios de seleção para o canto do culto cristão, seja em congressos ou em cursos específicos sobre música sacra. Talvez pudesse levar os diversos institutos de música sacra espalhados pelo Brasil a rever parte de suas disciplinas, para possibilitar aos alunos um melhor treinamento quanto à escolha dos cantos para o culto. O papel dos líderes é relevante para o crescimento da qualidade dos cantos nas igrejas. Foi visto, no decorrer da pesquisa, o quanto a influência da liderança pode ser negativa ou positiva na escolha dos cantos para o culto cristão. Esse aspecto despontou logo na pesquisa social empreendida pela autora. Ficou ali evidenciado o poder de influência de um líder. Ao estudar, no capítulo 3, a Reforma, o problema veio mais fortemente à tona, sobretudo se se comparam as atuações de Lutero, Calvino e Zwínglio nessa área. Para se chegar a mudanças significativas no panorama brasileiro, a autora acredita que a conscientização teria de começar pela liderança que está sendo treinada nos diversos cursos de música sacra no país, em geral voltados para jovens que se sentem chamados a exercer o ministério de música nas igrejas.
Estudar a música brasileira, suas principais características, e orientar novos compositores seria outra tarefa a ser considerada para o futuro. A produção nacional tem ocorrido de maneira "aleatória", através, principalmente, de empenhos pessoais muitas vezes destituídos de qualquer fundamentação. Se hoje grande parte daquilo que se ouve nas rádios e em outros canais de comunicação é tradução com baixa qualidade artístico-musical, isso deve-se ao despreparo e à falta de pessoas qualificadas que ajudem os compositores brasileiros na realização de uma obra esteticamente aceitável e autenticamente brasileira. É preciso ter "atalaias", que não só denunciem estrangeirismos inaptos, mas que sobretudo sejam construtores de um novo fazer musical, com valorização das expressões genuinamente representativas dos anseios populares e que venham preencher as grandes lacunas existentes.
Há uma vasta lacuna a ser preenchida em termos de obras brasileiras com temas vitais para o evangelho, principalmente nas igrejas protestantes. Temas da Teologia da Libertação, poucos, é verdade, já têm sido explorados. A autora sente falta de músicas genuinamente brasileiras que falem da cruz e do sofrimento de Jesus, de sua ressurreição, da graça de Deus, do perdão de pecados que Deus concede, da comunhão entre os crentes, da solidariedade e do compartilhar. Não se encontram hinos sobre a vida diária, que convidem o crente a viver um evangelho exemplar, distribuindo o "Pão da vida", que alimenta a alma, e o pão, produto do trigo, para o corpo. Onde estão os hinos para os sacramentos, como para o Batismo e a Eucaristia? E onde os para funerais e casamentos? São raros, tanto que, para casamentos, o que se usam são as músicas eruditas compostas por J. S. Bach, F. Haendel, F. Mendelssohn e R. Wagner, entre outros. Embora sejam belas e "cativantes", a mensagem que passam é apenas emotiva, pois estão destituídas de um texto apropriado. E para o Batismo, seja o de crianças, seja o de adultos, o que se canta em solo brasileiro? Esses cantos são até numericamente inexpressivos, se consideradas as vezes que deles se precisa durante o ano eclesiástico. Para a Ceia do Senhor os cantos rareiam ainda mais. Urge revisar o acervo de cantos autenticamente brasileiros, sobretudo os que preencham as lacunas temáticas apontadas.
Alastraram-se sobremaneira os cantos doxológicos nas igrejas protestantes não-litúrgicas, em geral traduzidos da língua inglesa. Embora sejam muito importantes para o louvor no culto cristão, o fato de prestigiá-los em detrimento de outros cantos tem enfraquecido essas igrejas teológica e doutrinariamente.
A autora está convicta de que os sete critérios listados no sexto capítulo podem oferecer uma boa base metodológica de seleção de cantos para aqueles que trabalham com música sacra. Se usados para definir o acervo de um hinário, estarão ajudando a respectiva comissão a achar os cantos com maior facilidade e fundamentação adequada. Se usados diretamente por aqueles que estão à procura de cantos para o culto, servirão da mesma forma como aferidores justos e precisos, evitando esforços equivocados e poupando tempo.
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Discografia
LP
1ª MUSISACRA. 1ª Festa da Música Sacra Evangélica Luterana no Brasil. Secretaria de Comunicação da IECLB e Centro de Elaboração de Material., s. l., s. d.
2º MUSISACRA. Festival da Música Sacra da IECLB. Porto Alegre : ISAEC, s.d.
500 Anos de Lutero. Corais do Distrito eclesiástico de Joinville. Porto Alegre : ISAEC, 1982. Direção: Frank Graf.
Arrozais Florescerão. Coral do Morro. Porto Alegre : ISAEC, 1979. Regente: Nelson Kirst.
As Crianças Desta Terra. Grupo Infantil Dó-Ré-Mi de Corupá. Porto Alegre, 1979. Dirigente: Ilonca Maria Krieger.
Boas Novas. Coral Jovem de São Paulo. São Paulo : 1976. Regência: Roger Cole.
Celebração Da Páscoa. Coral da Associação Fluminense de Educação. Duque de Caxias : 1997. Produtor: Waldenir Carvalho.
Celebraremos Com Júbilo. Don & Asaph. Porto Alegre : s. d.
Da Liberdade. Cíntia S. Queçada, Guilherme Kerr Neto e João Alexandre Silveira. Rio de Janeiro : VINDE – Visão Nacional de Evangelização, 1987.
É Isto Amor. Coral Sinfônico do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil. Campinas : s. d.
Entrosando O Time. Músicas de Aristeu Pires Júnior. São Paulo : Atletas de Cristo, 1989.
Eu Vou Andar Sobre Ouro. Conjunto Wesley. Rio de Janeiro : s. d.
Libertação. Coral Befriad. Musical baseado em textos do Evangelho de João. Porto Alegre : ISAEC, 1986. Direção: Carlos A. Garafali P.
Natal. Ars Sacra. Porto Alegre : ISAEC, 1978. Direção: Frank Graf.
Ouvi O Clamor Do Meu Povo. Grupo Latinamérica. Secretaria de Comunicação da IECLB. Porto Alegre : ISAEC, 1989
CD
1. Passos. Coral do Morro. Porto Alegre, 1988. Regente: André Lichtler.
2. F. O. Radical Mudança. Grupo F. O. São Paulo : s. d.
Anexos
Análise dos Cultos Assistidos Durante a Pesquisa nas Comunidades Batista e Luterana
1.0 - Introdução
As igrejas escolhidas para a pesquisa situam-se em dois bairros vizinhos, de classe média alta da cidade de Porto Alegre, RS. Esses bairros distam do centro da cidade cerca de 5 a 10 quilômetros. Um deles está em franca expansão imobiliária, com construções de inúmeros edifícios, a maioria luxuosa. A Comunidade Batista situa-se no meio desse bairro, possuindo uma construção arquitetônica que acompanha as edificações do bairro. O outro templo situa-se um pouco mais afastado do centro da cidade, porém ao redor de um grande shopping. A vizinhança do templo é de casas da classe média alta e o local de culto ainda ocupa o subsolo de um pequeno prédio, onde também mora o pastor. Porque são duas comunidades localizadas em bairros nobres da cidade, os membros dessas igrejas possuem alto grau de escolaridade. Muitos estão cursando o terceiro grau ou já o têm completo.
Foram observados cinco cultos na Igreja Batista (dias 06/10- cultos matutino e vespertino, 13/10, 20/10 e 27/10 de 1996) e cinco na
Luterana (03/11, 10/11, 24/11 e 01/12, mais a reunião de jovens no dia 30/11 do ano de 1996), quase todos gravados em fita cassete.
2.0 - Cultos na Igreja Batista
Uma das características mais valorizadas pelos batistas como distintivo denominacional é o governo livre e independente que confere autonomia às igrejas locais e liberdade de ação litúrgica. Essa autonomia tem sido mais ou menos padronizada pelo intercâmbio ativo que há entre as igrejas batistas ligadas à Convenção Batista Brasileira (CBB), órgão máximo da denominação. Os princípios batistas foram organizados por uma comissão formada por 19 pessoas, líderes da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, no ano de 1964. Traduzidos para o português, os princípios básicos de doutrina sobre a autoridade na igreja podem ser assim sumariados: a autoridade suprema da igreja é Jesus Cristo; a Bíblia é regra autorizada de fé e prática; o Espírito Santo interpreta a autoridade divina. Existem mais quatro assuntos dos quais o documento fala: sobre a dignidade do homem, sobre a salvação pela graça e a vida cristã, sobre a natureza da igreja, sobre o culto e a educação cristã. As igrejas são comunidades locais democráticas e autônomas, formadas de pessoas regeneradas e batizadas por imersão; defende-se a separação entre a igreja e o Estado; existe absoluta liberdade de consciência, sendo a responsabilidade diante de Deus pessoal. Sobre o culto: "pessoal ou coletivo, é a expressão mais elevada da fé e devoção cristã".
A música nas igrejas batistas da CBB tem sido fomentada por músicos que desde a década de 60 têm saído dos cursos de Música Sacra de alguns de seus seminários teológicos. Igrejas que podem financiar um músico que funcione como "Ministro de Música" têm a tendência de adotar música mais convencional, no estilo herdado dos norte-americanos. Usam ainda o órgão e o piano como instrumentos principais nos seus cultos. As igrejas que não possuem esse tipo de ministro tendem a adotar uma hinologia mais livre, com predominância dos cânticos divulgados pela mídia e pelas gravações evangélicas tanto brasileiras quanto internacionais. Em virtude dessas influências, a pesquisadora Regina Santos observou que os batistas estão perdendo a identidade denominacional quando deixam de lado seus hinários oficiais, Cantor Cristão (CC) e o Hinário para o Culto Cristão (HCC), para adotarem os modismos de diversos grupos carismáticos e da mídia em geral: "Caminhamos cada vez mais para um texto poético a-doutrinário, capaz de circular e ser recebido por grupos evangélicos diversos, e a música tende a não contribuir para qualquer identidade denominacional".
Para entender o tipo de culto de uma Igreja Batista, tem-se que recorrer ao estudo que Isaltino Coelho Filho para a Ordem dos Pastores Batistas do Paraná, talvez o único documento sobre o assunto no meio batista. O estudioso detecta quatro categorias de práticas litúrgicas nas igrejas batistas. São elas: a solene, a tradicional, a espontânea e a ausência de qualquer ordem litúrgica. A "solene" é marcada pela rigidez das partes, que vêm impressas em boletim, e pela postura litúrgica de solenidade adotada pelo oficiante e demais participantes: "(...) a hora de virar a cabeça, os gestos, a inflexão verbal, tudo está definido". A "tradicional" assemelha-se à solene, com uma pequena diferenciação quanto à rigidez, com mais "pessoalidade no culto". Na "espontânea" há maior participação da congregação, que pode escolher hinos e dar testemunhos. "A quarta é uma absoluta ausência de qualquer ordem. ‘Quem canta um corinho? Quem quer dar um testemunho?’ e as coisas acontecem ao sabor do momento". Seguindo as classificações de liturgia estabelecidas por esse autor, julga-se que a Igreja Batista em análise possui uma liturgia entre a tradicional e a espontânea. A própria escolha mesclada de hinos do hinário e de cantos de outras fontes contribui para essa avaliação. Outros elementos que ajudam a definir essa liturgia nesse patamar seriam: ordem de culto impressa em boletim, vestimenta formal do pastor, que usa terno e gravata, o uso do piano como instrumento acompanhador e, esporadicamente, a participação de leigos para anúncios, convocações e participações especiais. Por ser um culto "tradicional", tendendo para o "espontâneo", o pastor ora usa palavras e gestos formais, ora tenta amenizar a formalidade através dos pedidos para orações livres.
De acordo com os programas impressos nos boletins e a observação in loco, a ordem de culto da igreja em análise pode ser sumariada nos seguintes pontos (os elementos entre parênteses podem ser omitidos ou substituídos eventualmente): anúncios, prelúdio (boas-vindas), hino ou cânticos congregacionais, leitura bíblica por todos, oração (estes dois últimos elementos podem alternar-se), mensagem musical (apresentação de solos e/ou grupo coral), momento de dedicação (que é a hora da oferta), hino e/ou cantos de fontes diversas, oração, prédica (denominada no meio batista mensagem), canto, oração e poslúdio. As orações sempre são espontâneas e é com grande freqüência que os membros são solicitados a fazê-las publicamente, sem combinação prévia. Os cantos são escolhidos mais em função do sermão, embora nem sempre isso fique claro.
O prelúdio foi executado todas as vezes pelo solo do piano, com exceção do culto vespertino do dia 06/10, quando houve a participação de um trio formado por violino, violoncelo e piano, que apresentou dois hinos, um do antigo hinário e outro do novo. Houve um rodízio de três pianistas nos cinco cultos assistidos e o pastor dirigiu quatro dos cultos. Dois cultos fugiram um pouco da normalidade dos demais: o vespertino de 06/10 e o do dia 13/10.
O culto matutino do dia 6/10 teve o seguinte tema: "A Ceia do Senhor Jesus" e foi dividido em três partes: 1) Recordação da Morte e da Ressurreição de Jesus; 2) Reconciliação com Deus em Jesus; 3) Renúncia para a Nova Vida com Jesus. Os textos bíblicos e cantos foram selecionados a partir desses subtítulos. Não houve mensagem, apenas a celebração da "Ceia do Senhor", que é a expressão usada por batistas para designar o momento da Eucaristia. Nesse culto foram cantados seis hinos do HCC e dois cânticos de outras fontes. Para ajudar no canto, um grupo de adultos posicionou-se à frente da congregação, com microfones, e executou a quatro vozes os hinos indicados no programa impresso, liderados por um regente leigo. Para os cânticos avulsos, contou-se com a cooperação de jovens do sexo feminino, também com microfones, que apenas cantaram em uníssono. No vespertino, o grupo de jovens da igreja apresentou um "musical", intitulado "Levem a Luz", preparado pelo ministro de música. O tema do culto foi "Celebrando Cristo - A Luz do Mundo", tendo sido cantados cinco hinos do HCC e três avulsos. Chamou a atenção o fato de que somente um canto dos oito escolhidos tinha relação com o assunto do dia. O conteúdo da mensagem também fugiu do tema central e foi direcionada ao evangelismo.
O culto do dia 13 foi totalmente endereçado às crianças, com um teatrinho feito por elas próprias, em comemoração aos festejos do "Dia da Criança", ocorrido em 12/10. A mensagem desse dia ficou a cargo de uma senhora que contou e dramatizou a história do profeta Jonas. Todos os cantos desse culto foram escolhidos por serem direcionados às crianças e todos retirados de coletâneas avulsas.
No programa impresso do dia 20/10 não há registro de um tema principal para o culto. Através da observação dos cantos e textos bíblicos não se pôde determinar a existência de uma idéia central para a ocasião. Os cinco primeiros cantos relacionados dizem respeito à adoração, sendo apenas um do hinário oficial. A prédica foi baseada no texto de 1 Co 13, carta do apóstolo Paulo a respeito do amor, mas não se achou nenhum canto ou texto bíblico relacionado ao assunto amor. A forma aleatória das partes do culto poderia classificá-lo na categoria "ausência de qualquer ordem", não fossem a impressão do mesmo no boletim e a formalidade do oficiante.
O culto do dia 27/10 foi uma continuação do assunto da mensagem do domingo anterior. Embora não tivesse sido impresso o tema do dia, o assunto foi melhor explorado através dos cânticos: dos nove cantos arrolados, quatro continham o assunto do dia, três falavam de adoração a Deus, um expressava o desejo de "um bom dia na presença de Deus" e um versava sobre oração. Do HCC foram tirados dois hinos; os demais vieram de outras fontes. Nesse dia os cantos foram regidos pelo ministro de música, com reforço da juventude, à frente, nos microfones, durante a execução dos cânticos avulsos.
3.0 - Cultos na Igreja Luterana
A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) reúne comunidades cujas normas teológico-confessionais vêm registradas em Nossa Fé - Nossa Vida: Guia de Vida Comunitária em Fé e Ação, documento aprovado no Concílio Geral Extraordinário de outubro de 1980, em Carazinho, RS. O organograma da IECLB abrange a Comunidade, que é a sua menor unidade orgânica e o Sínodo, formado por um determinado número de paróquias. As principais regras das igrejas filiadas à IECLB podem ser assim descritas: a igreja é o convívio de pessoas batizadas, o povo de Deus, chamadas para realizar a obra de Deus no mundo. Essa tarefa é desempenhada pelas Comunidades e Paróquias e pelas direções geral e sinodal. A função dessa direção consiste principalmente na formação de pastores e pastoras, de obreiros e obreiras e na regulamentação da vida funcional e disciplinar. As Comunidades são orientadas pelas direções locais, sendo o pastor responsável por comunicar o Evangelho, ministrar os sacramentos e cooperar na administração da Comunidade. O culto é a reunião da Comunidade e suas partes constituem-se de hinos e música, oração, oferta, anúncios, confissão de pecados, perdão, prédica, sacramentos e bênção.
O culto do dia 03/11 versou sobre estar preparado para a morte e culminou com a celebração da Eucaristia. Houve seis participações musicais da congregação, sendo quatro hinos do Hinos do Povo de Deus (HPD). A abertura do culto foi efetuada com o cântico avulso "Aqui Você Tem Lugar", a capela, em cânone, na liderança do próprio pastor. O coral da igreja participou em duas ocasiões; observando a ordem litúrgica, cantou "Pai Nosso", acompanhado de violão. Dos cinco hinos do HPD, o primeiro versou sobre louvor e adoração, três trataram da morte e ressurreição de Cristo e outro foi reformulado na letra e na melodia. O teor deste último hino era sobre a transformação do amor em palavra e ação. A prédica girou em torno do tema proposto pelo lecionário eclesiástico e o pastor usou a tragédia ocorrida com o avião da TAM, em S. Paulo, durante a semana, para ilustrar o assunto. Para a celebração da Ceia, o pastor convidou que todos se colocassem em círculo, ao redor da mesa e dos elementos ali arranjados. O pão foi passado pelos próprios participantes, cada um ao seu parceiro de roda imediato, e o cálice único distribuído pelo pastor, com a declaração: "Este é o meu sangue, derramado por vós". O culto foi encerrado com canto, recitação do Credo Apostólico e bênção.
O segundo culto assistido foi o do dia 10/11, que contou com a participação especial do coro do Morro do Espelho, formado por alunos da Escola Superior de Teologia e de seu Instituto de Música em São Leopoldo, RS. A liturgia seguiu a estrutura legada pela tradição, com três partes, com a omissão da liturgia da Eucaristia, comemorada no domingo anterior: liturgia de abertura, liturgia da palavra e liturgia de encerramento. O coral entoou o hino "O Senhor É o Meu Fiel Pastor", de H. Schütz (Der Herr ist mein getreuer Hirte), cantado em alemão, como prelúdio. O tema do dia versou sobre "Cristo, protetor dos que sofrem". Ao dar as boas-vindas a todos, o pastor apresentou a família que trouxe seu bebê para ser batizado. O Batismo foi realizado durante a liturgia da palavra, antes da prédica, baseada em Êx 22.21-27. O pastor deu relevo aos assuntos concernentes ao término de mais um ano eclesiástico e quis verificar o que havia sido feito pelos mais fracos no decorrer do ano. Os cantos do culto foram de três categorias: hinos do HPD, cantos litúrgicos (Kyrie, Gloria, Aleluia) e de origem avulsa, estes apresentados pelo Coral do Morro. Os hinos do HPD foram inseridos de acordo com os requisitos de ordem litúrgica: o primeiro (262) tratou de louvor e adoração, o segundo (138) preparou para o Batismo, o de número 197 concluiu a cerimônia de Batismo e o 165 encerrou o culto com palavras para o serviço cristão. Três dos hinos selecionados do HPD para esse culto foram compostos em anos recentes: dois de Lindolfo Weingärtner e um de procedência americana. O 262 é originário do século XVI. Os cantos especiais apresentados pelo coral visitante foram inseridos criteriosamente: o Kyrie, na liturgia de entrada e um hino com texto de Dietrich Bonhoeffer, que fala da proteção de Deus, logo após a prédica. A participação desse coral foi estendida para além do culto, quando então entoou cantos religiosos, folclóricos e populares. Após o encerramento, as pessoas confraternizaram no salão de cultos, quando foi servido um chá gelado.
O culto do dia 17/11 teve início com o prelúdio tocado pelo órgão. A liturgia de entrada constou de um hino do HPD como canto inicial, sobre adoração, seguido das demais partes tradicionais. A liturgia da palavra iniciou-se com a leitura bíblica de 1 Ts 5.1-11, seguida da recitação do Credo, do canto do hino 107 e da prédica, cujo conteúdo baseou-se no tema proposto para o final do calendário eclesiástico, acerca de se estar preparado para as coisas futuras que vão acontecer no fim dos tempos. Essa parte foi encerrada com o canto das últimas estrofes do hino 1 do HPD, embora ele esteja classificado como hino de advento, as estrofes escolhidas tratam do assunto do dia. Após os anúncios feitos por uma senhora, veio o momento de intercessão pelas necessidades da comunidade, a bênção e o cântico do hino 216, quando se recolheram as ofertas. O culto foi encerrado com um poslúdio ao órgão e em seguida todos foram convidados a participar de uma confraternização com suco gelado, no próprio salão de cultos. Os hinos para o culto, retirados do hinário oficial, datam dos séculos XVI, XVII e XVIIII, traduzidos do alemão, com exceção do 216, que, embora registrado no hinário como negro spiritual, não tem essa origem.
No dia 30/11 foi observada a reunião dos jovens dessa paróquia, que acontece todos os sábados à tarde, depois da prática de esportes. A reunião foi liderada por Werner, um dos entrevistados, e iniciou-se com diversos cânticos, todos da coletânea Cantarei ao Senhor, volumes 2 e 3. Os quatro primeiros cantos estiveram baseados nos Salmos (2), em Provérbios (1) e o outro tem o título "Deus Desce das Nuvens". Werner fez uma pequena reflexão (texto bíblico em Mt 21.28) a respeito da auto-estima, do amor, da integração e da responsabilidade, temas que vinham sendo tratados entre eles desde setembro. Após a explanação do jovem pastor, os presentes cantaram mais quatro cantos daqueles cancioneiros, escolhidos na hora, pelos participantes. Esses cantos estão fundamentados nos seguintes textos da Bíblia : Sl 100 e 46, Mt 24, 1 Co 13. O último entoado intitula-se "Eu Navegarei no Oceano do Espírito". Todos os cantos foram acompanhados por Jaime, um dos jovens entrevistados, no violão e escolhidos na ocasião. A reunião terminou com todos em círculo, dando-se as mãos, e, após a oração de Werner, os jovens oraram o Pai - Nosso.
O último culto assistido ocorreu em 01/12, primeiro domingo do Advento. O organista tocou o hino 107 do HPD como prelúdio. A Liturgia de Entrada iniciou-se com as palavras de boas-vindas e o anúncio do início das comemorações do Natal. Seguiram-se as partes dessa liturgia, concluindo com o canto de um hino natalino avulso, denominado "O Advento Chegou". Nessa oportunidade foi acesa a primeira vela do advento, presa `a guirlanda suspensa à frente da congregação. As crianças foram convidadas a sair para a Escola Dominical e logo a seguir a Liturgia da Palavra foi iniciada com a leitura do Sl 9 . A prédica enfocou o significado do Natal e os hinos selecionados do hinário foram todos escolhidos em razão da época de Natal.
4.0. Conclusão
Uma vez descritos os cultos na Igreja Batista, pode-se dizer que o tema do dia, escolhido pelo pastor e/ou indicado pelo calendário secular, como o "Dia da Criança", foi o que suscitou a seleção de textos bíblicos e parte dos cantos nos cultos observados nessa igreja. Misturada a isso, pôde-se notar a tendência de abrir o culto com uma "chamada `a adoração", após a palavra informal inicial do pastor com anúncios e avisos, mas a ausência efetiva das demais partes sugeridas pela leitura de Is 6, de onde saiu a liturgia referendada pela CBB. Não se descobriram outros critérios de seleção para os cantos dos cultos, mas se reforça o que Regina Márcia Santos havia apontado em seu artigo, ou seja, as igrejas batistas estão perdendo sua identidade em virtude de darem lugar aos cantos e "trejeitos" de suas apresentações, ambos oriundos dos carismáticos, em detrimento dos cantos de seus hinários oficiais. Isso quer dizer que a frágil sustentação do que era tradicional para os batistas, os cantos de seu hinário oficial, está sendo ameaçada de ruir (se é que isso já não aconteceu) diante da influência que a mídia e os movimentos carismáticos têm exercido sobre as igrejas protestantes históricas, mormente sobre os seus cantos.
A liturgia adotada na Comunidade Luterana observada é a tradicional luterana, sendo que só o primeiro culto assistido foi celebrada a Eucaristia. Os cantos foram escolhidos pelo pastor da paróquia, que, na falta de outra liderança, também exerce o cargo de líder da música, seja porque rege e ensaia o coro da igreja, seja porque é o "puxador" dos cantos durante o culto. Os cantos, todos do hinário oficial, foram escolhidos principalmente para atender os temas propostos pelo calendário eclesiástico e para acompanhar as partes litúrgicas, tais como o Kyrie, o Gloria e o Aleluia. Sempre depois da prédica foi incluído um canto que estava intimamente preso ao assunto abordado. Quanto à reunião da juventude, observou-se o caráter informal em todos os momentos, inclusive na escolha do que cantar.
A declaração que consta no "Nossa Fé - Nossa Vida" refere-se aos cantos dos cultos luteranos da seguinte forma: "Hinos e música no Culto servem para expressar o que nos move como filhos de Deus, louvando-o e glorificando-o como nosso Criador e Salvador". Eugene Brand faz menção de que a tradição luterana elegeu o canto congregacional como o mais apropriado para a liturgia e essa é a razão pela qual o "ordinário da missa" é cantado pelos fiéis. O mesmo autor defende a inclusão de música autóctone e justifica essa opção por duas razões: o vernáculo é a linguagem típica da liturgia e não cai bem transplantar para uma cultura um estilo musical estranho a ela. Faz, porém, uma exceção a esse último ponto-de-vista : "Exceto nos lugares em que os convertidos, através de várias gerações, possam adotar como sua [grifo da autora] uma cultura musical estrangeira...". Tomando o Rio Grande do Sul como uma região onde essa exceção pode ser acatada como prática comum, justificada pela história das sucessivas imigrações de alemães, pode-se compreender melhor a tendência musical das Comunidades luteranas locais, principalmente o acervo do HPD.
Halter e Schalk, na introdução do seu livro, expõem as características da Igreja Luterana, as quais podem ser assim resumidas: é uma igreja que gosta de cultuar; é uma igreja litúrgica; o culto luterano oferece riqueza e variedade, de forma que dá significado à adoração corporativa; os luteranos reconhecem com gratidão a herança da variedade de culto; a música encontra sua melhor expressão dentro do contexto litúrgico. Embora se tenha vivenciado apenas cinco reuniões cúlticas da comunidade, pôde-se avaliar o quanto essa comunidade valoriza suas tradições e o significado importante que a música recebe durante os momentos de culto. Os hinos nessa comunidade integram a liturgia de uma forma tão natural e coerente que falar de culto é falar de música, falar de música é falar de culto.
Análise dos Cultos Assistidos Durante a Pesquisa nas Comunidades Batista e Luterana
1.0 - Introdução
As igrejas escolhidas para a pesquisa situam-se em dois bairros vizinhos, de classe média alta da cidade de Porto Alegre, RS. Esses bairros distam do centro da cidade cerca de 5 a 10 quilômetros. Um deles está em franca expansão imobiliária, com construções de inúmeros edifícios, a maioria luxuosa. A Comunidade Batista situa-se no meio desse bairro, possuindo uma construção arquitetônica que acompanha as edificações do bairro. O outro templo situa-se um pouco mais afastado do centro da cidade, porém ao redor de um grande shopping. A vizinhança do templo é de casas da classe média alta e o local de culto ainda ocupa o subsolo de um pequeno prédio, onde também mora o pastor. Porque são duas comunidades localizadas em bairros nobres da cidade, os membros dessas igrejas possuem alto grau de escolaridade. Muitos estão cursando o terceiro grau ou já o têm completo.
Foram observados cinco cultos na Igreja Batista (dias 06/10- cultos matutino e vespertino, 13/10, 20/10 e 27/10 de 1996) e cinco na
Luterana (03/11, 10/11, 24/11 e 01/12, mais a reunião de jovens no dia 30/11 do ano de 1996), quase todos gravados em fita cassete.
2.0 - Cultos na Igreja Batista
Uma das características mais valorizadas pelos batistas como distintivo denominacional é o governo livre e independente que confere autonomia às igrejas locais e liberdade de ação litúrgica. Essa autonomia tem sido mais ou menos padronizada pelo intercâmbio ativo que há entre as igrejas batistas ligadas à Convenção Batista Brasileira (CBB), órgão máximo da denominação. Os princípios batistas foram organizados por uma comissão formada por 19 pessoas, líderes da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, no ano de 1964. Traduzidos para o português, os princípios básicos de doutrina sobre a autoridade na igreja podem ser assim sumariados: a autoridade suprema da igreja é Jesus Cristo; a Bíblia é regra autorizada de fé e prática; o Espírito Santo interpreta a autoridade divina. Existem mais quatro assuntos dos quais o documento fala: sobre a dignidade do homem, sobre a salvação pela graça e a vida cristã, sobre a natureza da igreja, sobre o culto e a educação cristã. As igrejas são comunidades locais democráticas e autônomas, formadas de pessoas regeneradas e batizadas por imersão; defende-se a separação entre a igreja e o Estado; existe absoluta liberdade de consciência, sendo a responsabilidade diante de Deus pessoal. Sobre o culto: "pessoal ou coletivo, é a expressão mais elevada da fé e devoção cristã".
A música nas igrejas batistas da CBB tem sido fomentada por músicos que desde a década de 60 têm saído dos cursos de Música Sacra de alguns de seus seminários teológicos. Igrejas que podem financiar um músico que funcione como "Ministro de Música" têm a tendência de adotar música mais convencional, no estilo herdado dos norte-americanos. Usam ainda o órgão e o piano como instrumentos principais nos seus cultos. As igrejas que não possuem esse tipo de ministro tendem a adotar uma hinologia mais livre, com predominância dos cânticos divulgados pela mídia e pelas gravações evangélicas tanto brasileiras quanto internacionais. Em virtude dessas influências, a pesquisadora Regina Santos observou que os batistas estão perdendo a identidade denominacional quando deixam de lado seus hinários oficiais, Cantor Cristão (CC) e o Hinário para o Culto Cristão (HCC), para adotarem os modismos de diversos grupos carismáticos e da mídia em geral: "Caminhamos cada vez mais para um texto poético a-doutrinário, capaz de circular e ser recebido por grupos evangélicos diversos, e a música tende a não contribuir para qualquer identidade denominacional".
Para entender o tipo de culto de uma Igreja Batista, tem-se que recorrer ao estudo que Isaltino Coelho Filho para a Ordem dos Pastores Batistas do Paraná, talvez o único documento sobre o assunto no meio batista. O estudioso detecta quatro categorias de práticas litúrgicas nas igrejas batistas. São elas: a solene, a tradicional, a espontânea e a ausência de qualquer ordem litúrgica. A "solene" é marcada pela rigidez das partes, que vêm impressas em boletim, e pela postura litúrgica de solenidade adotada pelo oficiante e demais participantes: "(...) a hora de virar a cabeça, os gestos, a inflexão verbal, tudo está definido". A "tradicional" assemelha-se à solene, com uma pequena diferenciação quanto à rigidez, com mais "pessoalidade no culto". Na "espontânea" há maior participação da congregação, que pode escolher hinos e dar testemunhos. "A quarta é uma absoluta ausência de qualquer ordem. ‘Quem canta um corinho? Quem quer dar um testemunho?’ e as coisas acontecem ao sabor do momento". Seguindo as classificações de liturgia estabelecidas por esse autor, julga-se que a Igreja Batista em análise possui uma liturgia entre a tradicional e a espontânea. A própria escolha mesclada de hinos do hinário e de cantos de outras fontes contribui para essa avaliação. Outros elementos que ajudam a definir essa liturgia nesse patamar seriam: ordem de culto impressa em boletim, vestimenta formal do pastor, que usa terno e gravata, o uso do piano como instrumento acompanhador e, esporadicamente, a participação de leigos para anúncios, convocações e participações especiais. Por ser um culto "tradicional", tendendo para o "espontâneo", o pastor ora usa palavras e gestos formais, ora tenta amenizar a formalidade através dos pedidos para orações livres.
De acordo com os programas impressos nos boletins e a observação in loco, a ordem de culto da igreja em análise pode ser sumariada nos seguintes pontos (os elementos entre parênteses podem ser omitidos ou substituídos eventualmente): anúncios, prelúdio (boas-vindas), hino ou cânticos congregacionais, leitura bíblica por todos, oração (estes dois últimos elementos podem alternar-se), mensagem musical (apresentação de solos e/ou grupo coral), momento de dedicação (que é a hora da oferta), hino e/ou cantos de fontes diversas, oração, prédica (denominada no meio batista mensagem), canto, oração e poslúdio. As orações sempre são espontâneas e é com grande freqüência que os membros são solicitados a fazê-las publicamente, sem combinação prévia. Os cantos são escolhidos mais em função do sermão, embora nem sempre isso fique claro.
O prelúdio foi executado todas as vezes pelo solo do piano, com exceção do culto vespertino do dia 06/10, quando houve a participação de um trio formado por violino, violoncelo e piano, que apresentou dois hinos, um do antigo hinário e outro do novo. Houve um rodízio de três pianistas nos cinco cultos assistidos e o pastor dirigiu quatro dos cultos. Dois cultos fugiram um pouco da normalidade dos demais: o vespertino de 06/10 e o do dia 13/10.
O culto matutino do dia 6/10 teve o seguinte tema: "A Ceia do Senhor Jesus" e foi dividido em três partes: 1) Recordação da Morte e da Ressurreição de Jesus; 2) Reconciliação com Deus em Jesus; 3) Renúncia para a Nova Vida com Jesus. Os textos bíblicos e cantos foram selecionados a partir desses subtítulos. Não houve mensagem, apenas a celebração da "Ceia do Senhor", que é a expressão usada por batistas para designar o momento da Eucaristia. Nesse culto foram cantados seis hinos do HCC e dois cânticos de outras fontes. Para ajudar no canto, um grupo de adultos posicionou-se à frente da congregação, com microfones, e executou a quatro vozes os hinos indicados no programa impresso, liderados por um regente leigo. Para os cânticos avulsos, contou-se com a cooperação de jovens do sexo feminino, também com microfones, que apenas cantaram em uníssono. No vespertino, o grupo de jovens da igreja apresentou um "musical", intitulado "Levem a Luz", preparado pelo ministro de música. O tema do culto foi "Celebrando Cristo - A Luz do Mundo", tendo sido cantados cinco hinos do HCC e três avulsos. Chamou a atenção o fato de que somente um canto dos oito escolhidos tinha relação com o assunto do dia. O conteúdo da mensagem também fugiu do tema central e foi direcionada ao evangelismo.
O culto do dia 13 foi totalmente endereçado às crianças, com um teatrinho feito por elas próprias, em comemoração aos festejos do "Dia da Criança", ocorrido em 12/10. A mensagem desse dia ficou a cargo de uma senhora que contou e dramatizou a história do profeta Jonas. Todos os cantos desse culto foram escolhidos por serem direcionados às crianças e todos retirados de coletâneas avulsas.
No programa impresso do dia 20/10 não há registro de um tema principal para o culto. Através da observação dos cantos e textos bíblicos não se pôde determinar a existência de uma idéia central para a ocasião. Os cinco primeiros cantos relacionados dizem respeito à adoração, sendo apenas um do hinário oficial. A prédica foi baseada no texto de 1 Co 13, carta do apóstolo Paulo a respeito do amor, mas não se achou nenhum canto ou texto bíblico relacionado ao assunto amor. A forma aleatória das partes do culto poderia classificá-lo na categoria "ausência de qualquer ordem", não fossem a impressão do mesmo no boletim e a formalidade do oficiante.
O culto do dia 27/10 foi uma continuação do assunto da mensagem do domingo anterior. Embora não tivesse sido impresso o tema do dia, o assunto foi melhor explorado através dos cânticos: dos nove cantos arrolados, quatro continham o assunto do dia, três falavam de adoração a Deus, um expressava o desejo de "um bom dia na presença de Deus" e um versava sobre oração. Do HCC foram tirados dois hinos; os demais vieram de outras fontes. Nesse dia os cantos foram regidos pelo ministro de música, com reforço da juventude, à frente, nos microfones, durante a execução dos cânticos avulsos.
3.0 - Cultos na Igreja Luterana
A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) reúne comunidades cujas normas teológico-confessionais vêm registradas em Nossa Fé - Nossa Vida: Guia de Vida Comunitária em Fé e Ação, documento aprovado no Concílio Geral Extraordinário de outubro de 1980, em Carazinho, RS. O organograma da IECLB abrange a Comunidade, que é a sua menor unidade orgânica e o Sínodo, formado por um determinado número de paróquias. As principais regras das igrejas filiadas à IECLB podem ser assim descritas: a igreja é o convívio de pessoas batizadas, o povo de Deus, chamadas para realizar a obra de Deus no mundo. Essa tarefa é desempenhada pelas Comunidades e Paróquias e pelas direções geral e sinodal. A função dessa direção consiste principalmente na formação de pastores e pastoras, de obreiros e obreiras e na regulamentação da vida funcional e disciplinar. As Comunidades são orientadas pelas direções locais, sendo o pastor responsável por comunicar o Evangelho, ministrar os sacramentos e cooperar na administração da Comunidade. O culto é a reunião da Comunidade e suas partes constituem-se de hinos e música, oração, oferta, anúncios, confissão de pecados, perdão, prédica, sacramentos e bênção.
O culto do dia 03/11 versou sobre estar preparado para a morte e culminou com a celebração da Eucaristia. Houve seis participações musicais da congregação, sendo quatro hinos do Hinos do Povo de Deus (HPD). A abertura do culto foi efetuada com o cântico avulso "Aqui Você Tem Lugar", a capela, em cânone, na liderança do próprio pastor. O coral da igreja participou em duas ocasiões; observando a ordem litúrgica, cantou "Pai Nosso", acompanhado de violão. Dos cinco hinos do HPD, o primeiro versou sobre louvor e adoração, três trataram da morte e ressurreição de Cristo e outro foi reformulado na letra e na melodia. O teor deste último hino era sobre a transformação do amor em palavra e ação. A prédica girou em torno do tema proposto pelo lecionário eclesiástico e o pastor usou a tragédia ocorrida com o avião da TAM, em S. Paulo, durante a semana, para ilustrar o assunto. Para a celebração da Ceia, o pastor convidou que todos se colocassem em círculo, ao redor da mesa e dos elementos ali arranjados. O pão foi passado pelos próprios participantes, cada um ao seu parceiro de roda imediato, e o cálice único distribuído pelo pastor, com a declaração: "Este é o meu sangue, derramado por vós". O culto foi encerrado com canto, recitação do Credo Apostólico e bênção.
O segundo culto assistido foi o do dia 10/11, que contou com a participação especial do coro do Morro do Espelho, formado por alunos da Escola Superior de Teologia e de seu Instituto de Música em São Leopoldo, RS. A liturgia seguiu a estrutura legada pela tradição, com três partes, com a omissão da liturgia da Eucaristia, comemorada no domingo anterior: liturgia de abertura, liturgia da palavra e liturgia de encerramento. O coral entoou o hino "O Senhor É o Meu Fiel Pastor", de H. Schütz (Der Herr ist mein getreuer Hirte), cantado em alemão, como prelúdio. O tema do dia versou sobre "Cristo, protetor dos que sofrem". Ao dar as boas-vindas a todos, o pastor apresentou a família que trouxe seu bebê para ser batizado. O Batismo foi realizado durante a liturgia da palavra, antes da prédica, baseada em Êx 22.21-27. O pastor deu relevo aos assuntos concernentes ao término de mais um ano eclesiástico e quis verificar o que havia sido feito pelos mais fracos no decorrer do ano. Os cantos do culto foram de três categorias: hinos do HPD, cantos litúrgicos (Kyrie, Gloria, Aleluia) e de origem avulsa, estes apresentados pelo Coral do Morro. Os hinos do HPD foram inseridos de acordo com os requisitos de ordem litúrgica: o primeiro (262) tratou de louvor e adoração, o segundo (138) preparou para o Batismo, o de número 197 concluiu a cerimônia de Batismo e o 165 encerrou o culto com palavras para o serviço cristão. Três dos hinos selecionados do HPD para esse culto foram compostos em anos recentes: dois de Lindolfo Weingärtner e um de procedência americana. O 262 é originário do século XVI. Os cantos especiais apresentados pelo coral visitante foram inseridos criteriosamente: o Kyrie, na liturgia de entrada e um hino com texto de Dietrich Bonhoeffer, que fala da proteção de Deus, logo após a prédica. A participação desse coral foi estendida para além do culto, quando então entoou cantos religiosos, folclóricos e populares. Após o encerramento, as pessoas confraternizaram no salão de cultos, quando foi servido um chá gelado.
O culto do dia 17/11 teve início com o prelúdio tocado pelo órgão. A liturgia de entrada constou de um hino do HPD como canto inicial, sobre adoração, seguido das demais partes tradicionais. A liturgia da palavra iniciou-se com a leitura bíblica de 1 Ts 5.1-11, seguida da recitação do Credo, do canto do hino 107 e da prédica, cujo conteúdo baseou-se no tema proposto para o final do calendário eclesiástico, acerca de se estar preparado para as coisas futuras que vão acontecer no fim dos tempos. Essa parte foi encerrada com o canto das últimas estrofes do hino 1 do HPD, embora ele esteja classificado como hino de advento, as estrofes escolhidas tratam do assunto do dia. Após os anúncios feitos por uma senhora, veio o momento de intercessão pelas necessidades da comunidade, a bênção e o cântico do hino 216, quando se recolheram as ofertas. O culto foi encerrado com um poslúdio ao órgão e em seguida todos foram convidados a participar de uma confraternização com suco gelado, no próprio salão de cultos. Os hinos para o culto, retirados do hinário oficial, datam dos séculos XVI, XVII e XVIIII, traduzidos do alemão, com exceção do 216, que, embora registrado no hinário como negro spiritual, não tem essa origem.
No dia 30/11 foi observada a reunião dos jovens dessa paróquia, que acontece todos os sábados à tarde, depois da prática de esportes. A reunião foi liderada por Werner, um dos entrevistados, e iniciou-se com diversos cânticos, todos da coletânea Cantarei ao Senhor, volumes 2 e 3. Os quatro primeiros cantos estiveram baseados nos Salmos (2), em Provérbios (1) e o outro tem o título "Deus Desce das Nuvens". Werner fez uma pequena reflexão (texto bíblico em Mt 21.28) a respeito da auto-estima, do amor, da integração e da responsabilidade, temas que vinham sendo tratados entre eles desde setembro. Após a explanação do jovem pastor, os presentes cantaram mais quatro cantos daqueles cancioneiros, escolhidos na hora, pelos participantes. Esses cantos estão fundamentados nos seguintes textos da Bíblia : Sl 100 e 46, Mt 24, 1 Co 13. O último entoado intitula-se "Eu Navegarei no Oceano do Espírito". Todos os cantos foram acompanhados por Jaime, um dos jovens entrevistados, no violão e escolhidos na ocasião. A reunião terminou com todos em círculo, dando-se as mãos, e, após a oração de Werner, os jovens oraram o Pai - Nosso.
O último culto assistido ocorreu em 01/12, primeiro domingo do Advento. O organista tocou o hino 107 do HPD como prelúdio. A Liturgia de Entrada iniciou-se com as palavras de boas-vindas e o anúncio do início das comemorações do Natal. Seguiram-se as partes dessa liturgia, concluindo com o canto de um hino natalino avulso, denominado "O Advento Chegou". Nessa oportunidade foi acesa a primeira vela do advento, presa `a guirlanda suspensa à frente da congregação. As crianças foram convidadas a sair para a Escola Dominical e logo a seguir a Liturgia da Palavra foi iniciada com a leitura do Sl 9 . A prédica enfocou o significado do Natal e os hinos selecionados do hinário foram todos escolhidos em razão da época de Natal.
4.0. Conclusão
Uma vez descritos os cultos na Igreja Batista, pode-se dizer que o tema do dia, escolhido pelo pastor e/ou indicado pelo calendário secular, como o "Dia da Criança", foi o que suscitou a seleção de textos bíblicos e parte dos cantos nos cultos observados nessa igreja. Misturada a isso, pôde-se notar a tendência de abrir o culto com uma "chamada `a adoração", após a palavra informal inicial do pastor com anúncios e avisos, mas a ausência efetiva das demais partes sugeridas pela leitura de Is 6, de onde saiu a liturgia referendada pela CBB. Não se descobriram outros critérios de seleção para os cantos dos cultos, mas se reforça o que Regina Márcia Santos havia apontado em seu artigo, ou seja, as igrejas batistas estão perdendo sua identidade em virtude de darem lugar aos cantos e "trejeitos" de suas apresentações, ambos oriundos dos carismáticos, em detrimento dos cantos de seus hinários oficiais. Isso quer dizer que a frágil sustentação do que era tradicional para os batistas, os cantos de seu hinário oficial, está sendo ameaçada de ruir (se é que isso já não aconteceu) diante da influência que a mídia e os movimentos carismáticos têm exercido sobre as igrejas protestantes históricas, mormente sobre os seus cantos.
A liturgia adotada na Comunidade Luterana observada é a tradicional luterana, sendo que só o primeiro culto assistido foi celebrada a Eucaristia. Os cantos foram escolhidos pelo pastor da paróquia, que, na falta de outra liderança, também exerce o cargo de líder da música, seja porque rege e ensaia o coro da igreja, seja porque é o "puxador" dos cantos durante o culto. Os cantos, todos do hinário oficial, foram escolhidos principalmente para atender os temas propostos pelo calendário eclesiástico e para acompanhar as partes litúrgicas, tais como o Kyrie, o Gloria e o Aleluia. Sempre depois da prédica foi incluído um canto que estava intimamente preso ao assunto abordado. Quanto à reunião da juventude, observou-se o caráter informal em todos os momentos, inclusive na escolha do que cantar.
A declaração que consta no "Nossa Fé - Nossa Vida" refere-se aos cantos dos cultos luteranos da seguinte forma: "Hinos e música no Culto servem para expressar o que nos move como filhos de Deus, louvando-o e glorificando-o como nosso Criador e Salvador". Eugene Brand faz menção de que a tradição luterana elegeu o canto congregacional como o mais apropriado para a liturgia e essa é a razão pela qual o "ordinário da missa" é cantado pelos fiéis. O mesmo autor defende a inclusão de música autóctone e justifica essa opção por duas razões: o vernáculo é a linguagem típica da liturgia e não cai bem transplantar para uma cultura um estilo musical estranho a ela. Faz, porém, uma exceção a esse último ponto-de-vista : "Exceto nos lugares em que os convertidos, através de várias gerações, possam adotar como sua [grifo da autora] uma cultura musical estrangeira...". Tomando o Rio Grande do Sul como uma região onde essa exceção pode ser acatada como prática comum, justificada pela história das sucessivas imigrações de alemães, pode-se compreender melhor a tendência musical das Comunidades luteranas locais, principalmente o acervo do HPD.
Halter e Schalk, na introdução do seu livro, expõem as características da Igreja Luterana, as quais podem ser assim resumidas: é uma igreja que gosta de cultuar; é uma igreja litúrgica; o culto luterano oferece riqueza e variedade, de forma que dá significado à adoração corporativa; os luteranos reconhecem com gratidão a herança da variedade de culto; a música encontra sua melhor expressão dentro do contexto litúrgico. Embora se tenha vivenciado apenas cinco reuniões cúlticas da comunidade, pôde-se avaliar o quanto essa comunidade valoriza suas tradições e o significado importante que a música recebe durante os momentos de culto. Os hinos nessa comunidade integram a liturgia de uma forma tão natural e coerente que falar de culto é falar de música, falar de música é falar de culto.
Abreviaturas
a.C - Antes de Cristo
ACH - American Catholic Hymnal: Hinário Católico Americano
AIBAPA – Associação das Igrejas Batistas de Porto Alegre
AMBB - Associação dos Músicos Batistas Brasileiros
AMBEES - Associação de Músicos Batistas do Estado do Espírito Santo
AT - Antigo Testamento
CBB - Convenção Batista Brasileira
CC - O Cantor Cristão, hinário batista.
CD-ROM - Compact Disc-Read Only Memory
CEBEP – Centro Brasileiro de Estudos Pastorais
CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
d.C - Depois de Cristo
EST - Escola Superior de Teologia
EUA - Estados Unidos da América
HCC - Hinário para o Culto Cristão
HL - Hinário Litúrgico
HPD - Hinos do Povo de Deus
IAET - Instituto Anglicano de Estudos Teológicos de São Paulo
IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
IELB - Igreja Evangélica Luterana do BrasilI
EPG - Instituto Ecumênico de Pós-Graduação
IPI - Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
ISAEC - Instituição Sinodal de Assistência, Educação e Cultura
JUERP - Junta de Educação Religiosa e Publicações
LMT - Liturgical Music Today: Música Litúrgica Atual
MCW - Music in Catholic Worship: Música no Culto Católico
MIDI - Musical Instrument Digital Interface
MS - Musicam Sacram: Música Sacra
MSCC - The Milwaukee Symposia for Church Composers: a Ten-Year Report: Simpósios de Milwaukee para Compositores Sacros: Relatório de uma Década
NT - Novo Testamento
PPL - Pastoral Popular Luterana
SC - Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia
SC - Sacrosanctum ConciliumSH - Salmos e Hinos
SSCLM - The Snowbird Statement on Catholic Liturgical Music: Documento de Snowbird sobre a Música Litúrgica Católica
TAM - Transportes Aéreos de Marília
TdL - Teologia da Libertação
TM - Thuma Mina, hinário ecumênico.
UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
VU - Voices United: Vozes Unidas, hinário canadense.
WA - Weimarer Ausgabe
YFC - Youth for Christ: Juventude para Cristo
Esta tese de doutorado foi publicada em forma de livro com o nome Cantos Para o Culto Cristão pela editora Sinodal.
Extraído do site: http://www.musicaeadoracao.com.br/livros/tensao/index.htm
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